Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC 328), a existência dos anjos é uma
verdade de fé. Para Santo Agostinho, ”Anjo é nome de ofício, não de natureza.
Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo
que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)”. Os anjos, seres livres e
inteligentes, servem a Deus com todo o seu ser e contemplam «continuamente o
rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos
executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).
Os seres angélicos da primeira e mais elevada hierarquia, que estão continuamente
em adoração, na presença de Deus, são os serafins, os querubins e os tronos. Os
da segunda hierarquia são as dominações, as virtudes e potestades, que governam
o mundo material e espiritual. Por fim, os da terceira hierarquia são os principados,
os arcanjos e anjos, que executam as ordens de seus superiores da segunda
hierarquia.
Ou seja: os arcanjos (como São Miguel, São Rafael e São Gabriel, citados nas
sagradas escrituras) são seres da terceira hierarquia. Alguns autores mencionam
que este dado revela para nós que, mais do que posições elevadas, é preciso amar
demasiadamente. E por isso São Miguel é tão poderoso: porque muito ama!
Escrita em meados de 1880 pelo Papa Leão XIII, este clamor a São Miguel é rezado
desde então:
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra a maldade
e as ciladas do demônio! Ordene-lhe, Deus, instantemente o pedimos; e vós,
príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a satanás e a
todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Você sabia que São Padre Pio era devoto de São Miguel Arcanjo?! Padre Pio costumava
valer-se da proteção de São Miguel em diversas situações, desde menino. E quando se
tornou sacerdote, recorria ao Arcanjo para que ele o ajudasse a desmascarar as mentiras
do demônio e para anunciar as verdades de Cristo.
A devoção e o amor a São Miguel Arcanjo é bem antiga, está narrada nas Sagradas
Escrituras. Do Antigo Testamento sabemos que São Miguel foi instituído protetor do Povo
Israelita: “Surgirá Miguel, o grande Príncipe, que guardará o teu povo” (Dan 12,1); Além
disso, o próprio Arcanjo apresentou-se a Josué como príncipe do exército do Senhor (cf.
Josué 5,14).
No Novo Testamento, no livro do Apocalipse, lemos sobre o tão conhecido embate de São
Miguel contra o demônio, a grande batalha do bem contra o mal, na qual o demônio foi
expulso do céu: “E houve no céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam
contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele; porém estes não
prevaleceram, e o seu lugar não se achou mais no céu” (Apo 12,7).
Essas intervenções do Arcanjo São Miguel em favor do Povo de Deus têm motivado a Igreja
a uma especial veneração por ele. Se no Antigo Testamento São Miguel foi o protetor do
povo Judeu, com o nascimento do cristianismo ele passou a ser o protetor da Igreja Católica
e padroeiro dos agonizantes.
Assim como São Padre Pio, também nós podemos recorrer a São Miguel Arcanjo em todas
as adversidades da vida. Por isso, na tribulação, nos momentos de decisão, e em qualquer
situação: Valei-nos São Miguel Arcanjo!